É difícil imaginar, hoje em dia, que no advento das primeiras sociedades humanas, se alguém queria “comprar” ovos ou um carneiro tinha que dar em troca não dinheiro, mas um bem de igual valor para o vendedor.
Apesar de serem uma imagem longínqua, as trocas diretas são o primeiro capítulo de uma história que permitiu às várias civilizações humanas organizarem-se e desenvolverem-se ao longo dos séculos, primeiro com o aparecimento do dinheiro físico e, agora, com a desmaterialização deste através de soluções de pagamento digitais.
Evolução dos meios de pagamento ao longo da História
Porque trocar gado ou levar troncos de árvore até uma região vizinha para proceder à sua troca por um outro bem era, como se pode perceber, uma tarefa árdua e pouco ágil, no começo da humanidade tornou-se comum recorrer a alguns materiais, sobretudo a prata, como instrumento de troca, a que mais tarde se juntou o ouro e que estaria na origem das primeiras moedas tal como hoje as concebemos.
Com a generalização da utilização das moedas, as transações tornaram-se mais cómodas e rápidas levando ao advento do comércio global e da usura que Aristóteles, na sua obra “Politica”, viria a considerar “antinatura”.
Falamos unicamente de moedas, porque para conhecermos as notas temos que entrar na máquina do tempo e avançarmos até ao séc. IX quando, na China, o governo da dinastia Tang passa a permitir que os mercadores depositem moedas de bronze nas tesourarias imperiais, dando-lhes em troca promissórias pagáveis noutras tesourarias.
Esta prática acabou por revelar-se extremamente vantajosa para toda a gente e há registos que indicam que algo semelhante começou a circular na Europa também, entre os séculos XII e XIII, designando-se letras de câmbio, as quais facilitavam as trocas comerciais num continente com mercados financeiros vibrantes e já muito desenvolvidos.
Oito séculos depois desta inovação vinda do “Império do Meio”, o Banco de Estocolmo, Suécia, emite as primeiras notas de banco da Europa, enquanto os cheques terão sido introduzidos por banqueiros londrinos em 1780. Dos cheques, hoje já quase fora de circulação, até aos cartões de crédito foi um pulinho com a americana Western Union a criar, em 1914, o primeiro cartão de crédito, feito em metal (e por isso designado metal money), que conferia privilégios de pagamentos diferidos no tempo.
Recorde-se que a mesma Western Union havia sido já pioneira, em 1871, nas transferências de dinheiro.
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O nascimento do “dinheiro de plástico”
36 anos depois da criação do primeiro cartão de crédito, um empresário americano esquece-se da carteira em casa. A vergonha por esta situação foi tanta que Frank McNamara, assim se chamava o dito empresário, acabou por criar o Diner’s Club International, um cartão de papel que, ao ser mostrado em restaurantes e hotéis, assegurava a liquidez do seu portador. Em 1958, foi a vez de ser criado o então denominado “dinheiro de plástico” através da American Express que trouxe para o grande público o primeiro cartão feito neste material que veio revolucionar não só a forma de pagar como de pensar o consumo.
Se o desenvolvimento dos terminais de pagamento automático está, umbilicalmente, ligado aos cartões de pagamento, os primeiros vinte anos após o lançamento pelo Diner’s Club International e pela American Express dos primeiros cartões bancários da história ficaram marcados por um tipo de terminal “ligeiramente” menos automático do que aquele que hoje bem conhecemos.
Ao contrário dos TPA atuais, a leitura dos cartões naquela altura era realizada sem recurso à Internet e com o auxílio de papel-químico. Os cartões apresentavam um relevo que continha toda a informação financeira necessária para realizar uma transação e, no ato de pagamento, a informação em relevo era então impressa num recibo com papel-químico pelo comerciante que, posteriormente, teria que ser assinado pelo cliente e enviado aos bancos.
Apesar de não ser utilizado dinheiro físico, o processo tinha pouco de automático e muito de manual, ficando a perder, claramente, para a transação em numerário.
Só no final da década de 60, graças a Forrest Parry, engenheiro da IBM, e à sua ideia de prender um pedaço de fita magnética a um cartão de plástico, a IBM pode desenvolver o IBM 360, um sistema que possibilitava a configuração independente de periféricos externos, como hardware e impressoras, e que permitiu as primeiras leituras de um cartão na história inaugurando, deste modo, a era dos terminais de pagamento eletrónico.
A evolução era imparável e, em 1977, na Noruega acaba por surgir o primeiro terminal de pagamentos sem fios. Autoria da Telenor Mobile, este terminal veio permitir que os vendedores aceitassem pagamentos com cartão bancário em qualquer lugar: nas roulottes de comida, nas feiras e até nas praias.
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Terminais de pagamento automático chegam a Portugal
Em 1986, a UNICRE – instituição financeira de crédito, cria a marca REDUNICRE, uma rede de aceitação de pagamentos que viria a iniciar a aceitação nos estabelecimentos comerciais do primeiro cartão de débito emitido em Portugal, o Cartão Totta Gold.
Na década de 90 do século passado, a marca REDUNICRE, hoje REDUNIQ, acaba por fazer história ao instalar os primeiros Terminais Eletrónicos de Pagamento nos estabelecimentos comerciais nacionais, enquanto nos EUA, era feita a primeira compra online.
Estas duas vertentes, terminais de pagamento (TPA) e pagamentos online, acabam por confluir para nos anos seguintes nos levarem a novas formas de pagamento com a inovação tecnológica que varreu a nossa sociedade nos últimos anos.
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Contactless e pagamentos online
Graças ao desenvolvimento da tecnologia NFC (Near Field Communication) e ao aprimoramento da Internet, os pagamentos acabam por conhecer uma verdadeira revolução que originou, atualmente, ao crescimento da tecnologia contactless e das transações online.
No caso dos pagamentos contactless, um dos últimos relatórios da solução de conhecimento REDUNIQ Insights tornado público em janeiro deste ano, diz-nos que, entre 1 dezembro e 2 de janeiro, estes representavam já 52% do total de operações efetuadas na rede de pagamentos da REDUNIQ, um valor que contrasta com os 36,1% e os 8,5% registados em igual período de 2020 e 2019, respetivamente. Estes números vêm não só comprovar a gradual consolidação dos pagamentos sem contacto, como também uma crescente adesão dos portugueses a novas formas de pagar baseadas na utilização do smartphone ou wearables.
Peso Contactless 2019-2020-2021 (Nota: Dados de 1 Dezembro a 2 de Janeiro) Fonte: REDUNIQ Insights
Com um histórico que fala por si mesmo, a REDUNIQ não deixou os seus créditos por mãos alheias neste domínio desenvolvendo terminais de pagamento (TPA) inovadores que estão a ajudar a transformar o panorama do setor dos pagamentos em Portugal.
Um belo exemplo disso mesmo, é o terminal de pagamento automático Android – REDUNIQ Smart que, além de aceitar pagamentos contactless com cartão, chip, MB WAY, Google Pay e Apple Pay, traz incorporadas um conjunto de apps de gestão que auxiliam os negócios e lhes permitem ser totalmente móveis e digitais.
Ao funcionar como TPA Contactless e centro de gestão com ligação ao mundo digital, esta nova solução TPA Android da REDUNIQ oferece uma flexibilidade extra aos negócios na gestão dos seus recursos, uma vez que, por exemplo, com a app ZS Mobile um lojista pode registar pedidos no terminal, faturar (certificação da AT) ou elaborar orçamentos e encomendas mesmo sem ligação à Internet, enquanto com a WinRest ou a ZSRest, um negócio de restauração passa a poder apresentar menus, registar e confirmar pedidos de clientes e ainda integrar o seu software de faturação num único TPA físico.
Já no caso dos pagamentos online, de acordo com os dados da Associação da Economia Digital, em Portugal estimava-se que, em 2020, o valor do comércio eletrónico tenha alcançado os 8 mil milhões de euros, um valor inicialmente altamente exponenciado pela pandemia, mas que com o passar do tempo e com a adesão de cada vez mais consumidores às compras online tem pernas para se multiplicar nos próximos.
Também neste ramo, a REDUNIQ inova fornecendo às empresas a operarem plataformas E-Commerce as soluções de pagamento online REDUNIQ@Payments e REDUNIQ E-Commerce que, entre outras coisas, permitem que os negócios recebam pagamentos online através do e-mail, SMS ou WhatsApp, por referência Multibanco, MB WAY ou com cartões Visa e Mastercard, no caso do serviço @Payments, ou que aceitem pagamentos E-commerce com cartões de débito e crédito, Visa e Mastercard, de clientes de todo o mundo, sem custos de adesão nem mensalidade, no caso da solução REDUNIQ E-Commerce.