Depois de um 2020 marcado por confinamentos sucessivos que marcaram negativamente a vida dos negócios portugueses, o último Natal e Passagem de Ano trouxe consigo boas notícias, uma vez que, entre 1 de dezembro e 2 de janeiro, a faturação dos retalhistas não só registou um aumento de 25% face a igual período de 2020, como conseguiu, inclusive, ultrapassar os níveis de pré-pandemia (2019) em 17%.
Esta é uma das duas principais conclusões do mais recente relatório de análise transacional REDUNIQ Insights, sendo a outra a mais que esperada quebra de 23% da faturação face a 2019 da Hotelaria e Atividades Hoteleiras em virtude das medidas de contenção da variante Ómicron.
Faturação atingiu apogeu nos dias 22 e 23 de dezembro
De acordo com os dados apresentados no relatório, os dias 22 e 23 de dezembro revelaram-se importantíssimos na ultrapassagem dos valores pré-pandemia, já que este foi o período em que se registaram os valores de faturação mais elevados, com especial enfoque no dia 23 que obteve um aumento de 68% face à média dos restantes dias da época festiva.
Comparando os valores de faturação obtidos nestes dois dias com aquilo que se verificou nos períodos homólogos de 2020 e 2019, verifica-se que, respetivamente, o dia 22 apresentou crescimentos de 17,5% e 24%. Já relativamente ao dia 23, registou-se um aumento de 20% face a 2019, e de 20,7% em comparação a 2020.
Avançado uns dias no calendário e parando no dia 30, nota-se que esta tendência face aos dois últimos anos se mantém. Assim, na semana seguinte, o dia 30 registou mais 16% de faturação face a 2019, e 6% face a 2020, enquanto o último dia do ano superou os valores de faturação registados em 2019 em 10%, e em 16% em relação a 2020.
Apesar do aumento da faturação nesta época festiva, o ticket médio (valor médio de cada compra) no período em análise acabou por ser mais diminuto do que o que registou nos dois anos anteriores, fixando-se nos 34,8€. Refira-se que, em 2019, o valor de cada compra rondou em média os 37,4€, enquanto em 2020 se fixava nos 36,9€.
Medidas de contenção relativas a nova variante justificam quebras no Turismo
Como referimos, ao cenário positivo experimentado na faturação durante o Natal e Passagem de Ano, contrapõem-se uma quebra no setor da Hotelaria e Atividades Turísticas fruto, sobretudo, das medidas de contenção da variante Ómicron.
Estas restrições acabaram por afastar os turistas e, em especial, os estrangeiros, como se faz notar pela análise dos valores de faturação estrangeira: menos 6% face a igual período de 2019.
Em termos globais, segundo o relatório REDUNIQ Insights, entre 1 de dezembro e 2 de janeiro, o setor do Turismo registou uma quebra de faturação na ordem dos 23% em comparação com 2019, último final de ano em pré-pandemia.
Este setor, contudo, não foi o único a registar quebras durante esta época festiva, uma vez que também a faturação das Papelarias/Livrarias e a Moda acabou por cair, respetivamente, que 14% e 4% face a 2019.
Em sentido contrário, encontramos as Lojas de Brinquedos, Gasolineiras e os Eletrodomésticos e Tecnologia, setores que durante o período em análise registaram uma performance positiva face ao mesmo período de 2019, apresentando crescimentos de, 35%, 10% e 5%, respetivamente.
Açores lideram crescimento na faturação
Quando analisamos os dados disponibilizados sob um ponto de vista geográfico, verifica-se que todos os distritos do país registaram desempenhos positivos face ao mesmo período de 2019.
Na liderança desta lista aparecem os Açores que, entre 1 de dezembro e 2 de janeiro, alcançaram um crescimento de 64% na faturação, seguindo-se a região da Madeira (+32%), Faro (+20%), Lisboa (+14%) e Porto (+12%).
Contactless esteve na origem de mais de 50% da faturação dos negócios portugueses
Quem continua a sua marcha imparável são os pagamentos contactless que, entre 1 de dezembro e 2 de janeiro, representaram 52% do total de operações efetuadas na rede de pagamentos da REDUNIQ, um valor que contrasta com os 36,1% e os 8,5% registados em igual período de 2020 e 2019, respetivamente.
Apesar do crescimento do peso da tecnologia contactless na faturação dos negócios portugueses não ser um dado novo, estes 52% vêm comprovar a gradual consolidação dos pagamentos sem contacto, e até uma crescente adesão dos portugueses a novas formas de pagar baseadas na utilização do smartphone ou wearables.
Percebendo a necessidade dos negócios se ajustarem às necessidades e preferências dos consumidores, a REDUNIQ, através do desenvolvimento tecnológico de terminais de pagamento (TPA) inovadores, está a ajudar a transformar o panorama do setor dos pagamentos em Portugal.
Um belo exemplo disso mesmo, é o terminal de pagamentos Android REDUNIQ Smart que, além de aceitar pagamentos contactless com cartão, chip, MB Way, Apple Pay e Google Pay, traz incorporadas um conjunto de apps de gestão que auxiliam os negócios e lhes permitem ser totalmente móveis e digitais.
Ao funcionar como TPA Contactless e centro de gestão com ligação ao mundo digital, esta nova solução TPA Android da REDUNIQ oferece uma flexibilidade extra aos negócios na gestão dos seus recursos, uma vez que, por exemplo, com a app ZS Mobile um lojista pode registar pedidos no terminal, faturar (certificação da AT) ou elaborar orçamentos e encomendas mesmo sem ligação à Internet, enquanto com a WinRest ou a ZSRest, um negócio de restauração passa a poder apresentar menus, registar e confirmar pedidos de clientes e ainda integrar o seu software de faturação num único TPA físico.