Tornou-se um clichê dizer que o mundo mudou e está a tornar-se cada vez mais digital, mas a verdade é que, com os seus prós e contras, este é o paradigma em que consumidores e empresas dos mais diversos setores da economia vivem atualmente.
O comércio eletrónico, a Inteligência Artificial (IA) e a Big Data são três exemplos de como a digitalização da vida quotidiana abriu um novo caminho económico onde tudo — ou quase tudo — é desmaterializado, incluindo as transações.
No setor financeiro, um dos maiores exemplos deste fenómeno são as fintechs, termo inglês que engloba uma vasta gama de produtos e serviços digitais, sem os quais cidadãos e empresas já não conseguem viver.
O que são fintechs e qual o seu impacto no setor financeiro?
Na prática, as fintechs — ou, por extenso, financial technologies — são empresas dedicadas ao desenvolvimento de tecnologia financeira moderna que assegura processos de gestão financeira mais eficientes e rápidos para empresas, bancos e consumidores. Entre os serviços e produtos desenvolvidos pelas fintechs, podemos destacar:
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Aplicações móveis que permitem aos consumidores movimentar a sua conta ou realizar pagamentos;
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Software que sustenta as operações dos bancos digitais;
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Processamento de transações com criptoativos;
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Ferramentas de análise do mercado financeiro suportadas por algoritmos de alta precisão, que agilizam processos como a compra ou venda de ações.
Como se percebe, o impacto das fintechs no setor financeiro é profundo, podendo ser sintetizado em:
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Desenvolvimento de ferramentas de análise que garantem maior agilidade e rapidez na tomada de decisões;
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Criação de aplicações móveis que oferecem mais conveniência aos consumidores na gestão dos seus ativos financeiros;
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Maior rapidez e flexibilidade nas transações digitais.
Inovação nos pagamentos: como as fintechs estão a mudar o jogo
Entre as inúmeras inovações promovidas pelas fintechs, uma das mais recentes no panorama financeiro nacional é, sem dúvida, a possibilidade de os consumidores parcelarem o pagamento das suas compras.
Os responsáveis por esta inovação são a fintech Parcela Já, especializada em soluções de pagamento buy now, pay later, e a UNICRE. Da parceria resultou a app Parcela Já com UNICRE, que pode ser instalada no TPA REDUNIQ Smart e que permite o parcelamento de pagamentos entre duas a seis vezes, sem juros.
Deste modo, um cliente que não tenha consigo a carteira ou que pretenda fazer uma compra de valor superior ao montante disponível pode fracionar o pagamento em seis prestações, sem juros nem taxas de incumprimento.
Benefícios para o retalhista
Do lado do retalhista, além de oferecer maior conveniência e flexibilidade ao cliente, existem vantagens claras:
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Aumento do ticket médio (valor médio gasto por compra);
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Maior taxa de fidelização;
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Recebimento do valor da venda em até 48 horas, após análise de risco imediata e totalmente digital, integrada no momento do parcelamento.
No centro de tudo está o terminal Android REDUNIQ Smart, um TPA que permite aceitar pagamentos com cartões nacionais ou internacionais, por PIN ou contactless, Google Pay, Apple Pay e MB WAY, além de permitir a instalação de apps como a Parcela Já com UNICRE.
Nota: A primeira prestação é cobrada no momento da compra. A prestação mínima é de 20 euros (sem juros). Apenas cartões de débito ou crédito podem ser utilizados para o parcelamento.
Assim, de forma simples, rápida, conveniente e sem custos acrescidos, o negócio passa a dispor de uma vantagem competitiva que permite fidelizar mais clientes e aumentar o volume de vendas — tudo graças a uma fintech.
Regulamentação e desafios enfrentados pelas fintechs
A segurança é um domínio fundamental para a aceitação dos produtos e serviços desenvolvidos pelas fintechs.
Embora este tipo de empresa seja relativamente recente, a regulamentação é apertada e, tal como acontece com todas as entidades que operam no mercado financeiro nacional, está a cargo do Banco de Portugal e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Para promover relações mais transparentes entre as fintechs e os reguladores em Portugal, o Banco de Portugal, a CMVM, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e a Portugal Fintech desenvolveram a plataforma Portugal FinLab. Esta serve de ponte entre as fintechs e as entidades reguladoras.
Uma das áreas mais sensíveis é a digitalização dos pagamentos promovida pela tecnologia destas empresas. No entanto, consumidores e empresas podem estar confiantes, pois:
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As entidades reguladoras fazem controlo e monitorização constantes;
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A lei de proteção de dados da União Europeia oferece proteção adicional;
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Os acquirer portugueses (como a REDUNIQ, única empresa nacional com o certificado internacional de segurança PCI-DSS) garantem a fiabilidade das transações.
O futuro das fintechs: o que esperar nos próximos anos?
A inovação no setor financeiro não abranda, e as fintechs são o reflexo disso mesmo. O futuro passa por:
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Integração acelerada da Inteligência Artificial nos processos de desenvolvimento de produtos e serviços;
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Reforço da segurança através da tecnologia blockchain;
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Maior incorporação de indicadores ESG (Environment, Social and Governance – Ambiente, Social e Governança).
Na prática, a IA será usada para melhorar a tomada de decisões e aumentar a eficiência operacional, enquanto a blockchain garantirá a segurança num ecossistema de pagamentos cada vez mais global.
A tendência mais significativa será a padronização dos relatórios ESG, acompanhada de um foco regulatório crescente na transparência da recolha e análise de dados.