Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Além dos reflexos na área da saúde pública, o novo coronavírus teve um forte impacto na forma como se compram e vendem bens e serviços.
Com as lojas fechadas, consumidores e negociantes encontraram no meio digital a forma perfeita de conciliar as agruras, sociais e económicas, do confinamento mudando-se de armas e bagagens para a Internet. O potencial deste “centro comercial do futuro” é enorme, venha descobri-lo connosco.
Porquê ter um negócio online?
A crescente migração do cliente para o e-commerce daí resultante tornou mais visível e essencial a reconversão, ou abertura, de lojas online que acomodassem esse novo perfil de consumidor.
Os dados não mentem. Desde o decreto do primeiro Estado de Emergência no país, as vendas no canal online aumentaram de forma considerável, nomeadamente 162% em abril, face ao mesmo mês de 2019 de acordo com o estudo levado a cabo pela solução de conhecimento REDUNIQ Insights.
Só na área do retalho, e comparando abril de 2020 com o período homólogo, as vendas online em lojas de retalho registaram, respetivamente, aumentos de 241% na faturação de 25% no ticket médio (valor médio gasto em cada transação) passando de 90,24€ para 112,73€.
Se a escolha dos consumidores é o online, o caminho a seguir pelos negócios, existentes ou projetados, não poderá ser diferente. Maior comodidade, maior alcance, maior rapidez, mais disponibilidade (a loja online pode funcionar 24 horas por dia e 7 dias por semana), menor custo e uma maior facilidade em mensurar os dados mais importantes relativos ao seus clientes para melhorar aspetos ligados ao marketing e comunicação, são algumas das razões que, somadas aos números apresentados no parágrafo anterior, fazem do e-commerce uma boa solução de negócio.
A perspectiva é boa, mas uma pergunta assume uma importância decisiva: como criar um site de vendas?
Como criar uma loja online?
Começar a vender online é fácil, rápido e, bem gerido todo o processo, pode trazer ganhos expressivos para o negócio, mas não acontece apenas com um estalar de dedos. Há muitas questões a que se deve prestar atenção:
1 – Faça uma pesquisa prévia de mercado
Ao abrirmos um negócio devemos fazer um estudo de mercado para perceber as tendências do momento e o que poderá marcar a diferença de modo a atrair vários clientes de imediato. Descubra o seu espaço junto do consumidor.
2 – Selecione um domínio e registe-o
O nome de domínio é aquela palavra que serve como identificador do seu site na internet. Se a expressão que pretende usar no seu domínio já existir, tente colocar com ou sem hífen. Depois deste passo, só terá de registar o seu domínio. Verifique no site DNS se o domínio está disponível e encontre entidades para fazer o registo através de uma rápida pesquisa no Google.
3 – Otimização ou criação de um website para e-commerce
Em primeiro lugar terá que criar um site de vendas online, caso a empresa não detenha extensão digital, ou optimizar a loja online para e-commerce. É importante que a plataforma escolhida para criar a loja online seja simples, intuitiva e direcione inconscientemente o seu cliente para a compra dos seus produtos. Simplicidade e usabilidade que se devem estender, de igual modo, às formas de pagamento e-commerce e à logística.
Estes três mundos encontram-se sintetizados em parceiros de negócios da REDUNIQ que auxiliam os empreendedores a entrar no mundo das vendas online. Tomando como exemplo a Weasy, esta empresa, de uma forma simples, disponibiliza aos empreendedores digitais uma plataforma multicanal de venda (redes sociais, site, marketplaces, etc) que se adequa às necessidades do negócio e vem com, entre outras, integração de soluções de pagamento, logística DPD e outras, Google shopping (o negócio fica presente em milhões de pesquisas Google), app loja mobile e “botão comprar” para vender os seus produtos fora da sua loja online através da implementação deste botão comprar noutros sites, landing pages, blogs ou anúncios.
Para além disso, nesta plataforma, a criação de artigos e edição dos temas é facilitada, algo excelente para que trabalhe o SEO (search engine optimization) – conjunto de estratégias que têm como objetivo potencializar e melhorar o posicionamento de um site nas páginas de resultados naturais nos motores de pesquisa.
4 – Configure pagamentos e-commerce simples e seguros
Atualmente, existem duas soluções de pagamentos online: os intermediadores e os gateways.
Os primeiros, dos quais o PayPal é o mais conhecido, são responsáveis por fazer a conexão entre o consumidor, o site da loja, a instituição bancária e a operadora do cartão de crédito e dar andamento ao processo de efetivação da compra.
Basicamente, o sistema fica responsável por fazer a ponte com as instituições financeiras, preocupar-se com a segurança dos dados dos clientes e garantir que os valores dos recebimentos sejam repassados ao vendedor do produto ou prestador do serviço. Para as compras realizadas por meio do cartão de crédito, o intermediador fará a análise do limite disponível junto à operadora e se, por algum motivo, o cliente não honrar a dívida contraída, o intermediador absorve o prejuízo.
Já o gateway de pagamento e-commerce, ao contrário do intermediador, é uma solução mais completa. A longo prazo, esta torna-se a solução ideal, profissional e vantajosa pois os seus consumidores não irão para outra página; todo o processo de compra é realizado no seu website. Devido à simplicidade do processo, o número de vendas tende a subir.
Nesta opção, será necessário solicitar uma solução a uma entidade de meios de pagamento e-commerce para implementar no seu website.
Como tínhamos referido na dica anterior, a Weasy estabeleceu uma parceria com a REDUNIQ. Esta união integrou na plataforma proposta pela Weasy as soluções de pagamentos REDUNIQ@Payments e E-Commerce desenvolvidas pela REDUNIQ especificamente para o comércio eletrónico e que agora, no caso do @Payments, também já permitem vender por WhatsApp.
Enquanto o REDUNIQ@Payments permite aos negócios vender online (com ou sem website) de forma segura (vem com tecnologia 3D secure integrada) e aceitarem pagamentos via cartão de forma simples, mesmo que as vendas se processem pelas redes sociais, a solução E-Commerce torna possível efectuar pagamento de serviços (emissão de referências Multibanco), aceitar pagamentos online com cartões (Visa, Mastercard e American Express), PayPal e ainda fazer a análise das vendas realizadas.
Escolher entre um a dois métodos de pagamento será suficiente.
5 – Inove rapidamente em função das novas necessidades e hábitos de consumo
Além de rever seu portfólio de produtos / serviços, as novas necessidades dos clientes criam oportunidades de inovação para os seus negócios. Não fique focado em ações defensivas. Observe. Algumas mudanças de comportamento e consumo provavelmente persistirão além da pandemia e muitos setores ressurgirão para novas realidades de mercado. É cedo para dizer com certeza quais novos hábitos surgirão e quais permanecerão no longo prazo, mas é importante ficar atento ao aumento de consumo online de, entre outros, produtos e serviços alimentares, de vestuário, beleza e saúde, home office.
6 – Autogestão e Dropshipping
A autogestão é uma ferramenta de peso, sobretudo devido às tecnologias que facilitam a integração entre canais, serviços e reconhecimento do cliente. Tudo para que possa existir uma interação entre o consumidor e a marca, independentemente do momento e ponto de contacto. O objetivo é consolidar e ligar os registos dispersos que possam existir sobre a mesma pessoa, com origem em diferentes sistemas, criando identidades únicas e experiências unificadas.
Ao já de si inovador conceito e-commerce, juntou-se há pouco tempo um outro que leva mais longe o paradigma das vendas online: o dropshipping. O sistema Dropshipping permite que vários negócios online usem o stock de terceiros para efetuar as suas vendas, comercializando produtos que não passam fisicamente por si. Ao utilizar este sistema, a loja online vende o produto e envia a ordem da transação para o fornecedor. Este, por seu turno, faz o envio direto do produto em nome da loja para o cliente final. A loja online dropshipping é assim intermediária neste processo, sendo responsável pela exposição e divulgação do produto, transferindo toda a gestão do stock e envio para o fornecedor com a margem de lucro a resultar da diferença entre o valor cobrado pelo fornecedor e o preço anunciado pela loja aos clientes no seu site. Este sistema poderá ser particularmente útil se não possuir um grande stock de produtos na sua empresa ou quiser reconfigurar o tipo de produto a vender.
7 – Identidade visual
Mais direccionado para novos negócios online, embora aqueles que já têm presença digital possam aqui beber algumas indicações, a identidade visual da sua loja deve ser apelativa. Tal como num negócio físico, as janelas e os produtos devem estar organizados, as promoções em destaque e o espaço em si com um aspecto clean e sem “ruído visual”. Portanto, na página inicial do seu site, alinhe os componentes: o cabeçalho (com o logo e o nome da sua marca), o menu (com as categorias e a barra de procura), a área de conteúdo (com banners, além dos lançamentos e das promoções) e o rodapé (com informações extras sobre o negócio, como botões para redes sociais, FAQ etc).
8 -Trabalhar o SEO e o Marketing de Conteúdo
Esta é a altura de responder às necessidades do seu público-alvo, fornecendo conteúdo de valor relacionado com o coronavírus, independentemente da sua área de negócio. Invista no Marketing Digital, trabalhando o SEO e promova conteúdo útil para as pessoas.
9 – Investir em campanhas de Email Marketing e otimizar a sua presença e comunicação nas Redes Sociais
Depois de criar conteúdo direcionado para o seu público-alvo, precisa de o difundir de modo eficaz. O Email Marketing é uma boa forma para o fazer chegar ao consumidor e divulgar o seu negócio.
Mais do que um canal de venda, as redes sociais são canais de aquisição. Por isso, se você quer vender bem, não pode apenas publicar os seus produtos, terá, necessariamente, que criar conteúdo. O ideal é publicar conteúdo com que o seu público se possa identificar: exercícios físicos, receitas saudáveis, artesanato, etc.
Faça ajustes na sua comunicação nas redes sociais e na sua estratégia de Marketing Digital, para corresponder às exigências de cada momento.
10 – Entregas ao domicílio
Pode recorrer aos CTT ou, em alternativa, entregar os produtos que os clientes adquiriram através do seu website diretamente no domicílio. Neste último caso, especifique no seu site e redes sociais os cuidados de higiene de quem manuseará e levará a casa a encomenda, de que modo será entregue e o prazo. O foco no cuidado com as recomendações de higiene e prevenção são de importância capital.