De acordo com as estimativas do Governo português, as compras online deverão ter representado cerca de 56% do PIB, percentagem que corresponde a 129,5 mil milhões de euros e que indica uma subida de 219% entre 2011 e os nossos dias.
Este crescimento do e-commerce em Portugal não é caso único. Um pouco por todo o mundo, o e-commerce transformou-se no mercado de eleição de milhões de consumidores que nele veem uma forma mais simples, cómoda, rápida e segura de realizarem as suas compras.
Para isto, em muito contribuiu a aposta no desenvolvimento dos canais de e-commerce e, sobretudo, a introdução constante de tecnologias que tornam a jornada de compra online dos consumidores mais intuitiva, informada e imediata.
Principais tendências no E-Commerce global a ter em consideração em 2023
Chegados a 2023, esta evolução não parará e, no horizonte, já se antevê o surgimento de tendências que irão marcar não só este ano que agora começa, mas também um futuro próximo.
De forma a oferecer aos seus clientes uma experiência de compra online mais prazerosa e simples, aumentando, desta forma, as vendas efetuadas e o ticket médio de cada compra (valor médio gasto em cada compra), tome nota daquelas que serão as principias tendências de e-commerce a nível global ao longo de 2023.
Experiência Omnicanal (omnichannel)
A oferta integrada de um canal de venda online e de um canal de venda tradicional (loja física) é já hoje uma das principais tendências e-commerce a nível mundial, mas a sua penetração será cada vez maior ao longo de 2023, especialmente com o aumento das compras por parte de consumidores da geração Z.
Segundo um estudo da Selligent Marketing Cloud, apesar da geração Z ter crescido com maior acesso à tecnologia, não significa que estes consumidores estejam mais entusiasmados com os seus antecessores. Esta geração “espera que a tecnologia melhore as suas experiências físicas, em vez de as substituir”.
De acordo com o estudo, este grupo etário mostra uma clara preferência pelas compras em loja (59% visita uma loja pelo menos uma vez por semana), quando comparado com os Millennials, principalmente nas categorias eletrónica (43% vs. 37%) e vestuário (43% vs. 40%).
Esta faceta multicanal dos novos consumidores que, com o tempo, acaba por atingir consumidores de outras gerações, devem levar os retalhistas a procurarem oferecer uma experiência de compra integrada que, por exemplo, permita que se encomende um produto online e se levante na loja física ou, inclusive, se coloque a tecnologia digital ao serviço da loja física com a possibilidade de o consumidor pagar online a compra ou até com a introdução do self-service como já hoje existe em algumas retalhistas alimentares.
Para além disto, a experiência omnicanal do seu negócio pode colher grandes benefícios em termos de marketing ao utilizar a plataforma de venda online e as redes sociais para anunciar promoções em loja física ou ativar pacotes de fidelização.
Neste campo, o mesmo estudo revela que a geração Z tende a recorrer a influenciadores em plataformas como o TikTok (23%, o dobro das restantes gerações) ou o Youtube (49%, em comparação com 37% dos Millennials), para pesquisar informação.
Compras mobile
Estima-se que existam no planeta Terra cerca de 7,26 mil milhões de utilizadores de telemóvel, ou seja, grosso modo 91% da população mundial tem, pelo menos, um destes dispositivos.
Uma grande parte destes dispositivos correspondem a smartphones que, com ligação à Internet, permitem aos consumidores pesquisarem, comprarem e pagarem online em qualquer lugar e a qualquer altura.
Com cada vez mais consumidores em Portugal e no mundo utilizam o seu smartphone para realizarem e pagarem compras online.
Vários estudos estimam que, em 2024, 69% de todas as vendas se efetuem através destes dispositivos, “obrigando” a que as lojas online procurem não só optimizar os seus sites para estes equipamentos mobile, como também fornecerem meios de pagamento adequados a esta nova forma de comprar.
Por exemplo, no campo dos pagamentos, a REDUNIQ oferece-lhe duas soluções de pagamentos online, o REDUNIQ E-Commerce e o REDUNIQ@Payments, que permitem simplificar o checkout (finalização de compra com o ato de pagamento) e os reembolsos adaptando-os a estes novos hábitos de consumo mobile dos clientes.
Social Commerce
Na esteira do crescimento do mobile commerce surge uma outra tendência: o social commerce.
Com cada vez mais pessoas a terem o seu primeiro contacto com uma marca através das redes sociais ou a utilizarem essas mesmas redes para pesquisarem e/ou obterem junto de outros utilizadores informações sobre um determinado produto ou serviço, durante 2023 vai tornar-se imperioso que os negócios online apostem em estratégias de marketing que tenham as redes sociais no seu centro para captar e fidelizar mais clientes.
Segundo o estudo “The Future of Commerce”, as vendas realizadas através das redes sociais atingiram, no ano passado, a marca dos 992 mil milhões de dólares, valor que, até 2026, poderá vir a cifrar-se nos 2,9 biliões de dólares.
Diz-nos o mesmo relatório que o social commerce é um “aspeto fulcral” na aproximação dos negócios online aos seus consumidores-alvo estimando-se que, durante 2023, este gere 30,73 mil milhões de dólares, isto é, cerca de 20% do total de vendas em e-commerce a nível mundial.
Mais uma vez, os consumidores da geração Z têm uma palavra a dizer nestes números, assumindo-se como a geração que mais confia nas redes sociais para decidir uma compra ou pesquisar um produto, nomeadamente através da rede TikTok, como já referido anteriormente.
Por isso, na criação de uma estratégia de marketing e vendas nas redes sociais, é importante apostar na contratação ou estabelecimentos de parcerias com influencers com grande tração online para ajudar a dar visibilidade ao seu negócio e captar já clientes “pré-qualificados”, isto é, já sensibilizados e prontos a realizarem uma compra no seu site ou página de Marketplace.